Dúvidas sobre o Estatuto, o "povo açoriano" e os aumentos dos deputados

Brasão de armas da Região Autónoma dos Açores

1.Os deputados açorianos queriam (?) por unanimidade uma profunda revisão do Estatuto da Região.
Lisboa achou de mais e introduziu cerca de quarenta alterações!
O documento voltou ao parlamento açoriano.
Os deputados nem aqueceram o lugar. Diz que a sessão demorou uma hora.
Puxaram do seu melhor "latim" e disseram que não tinham gostado do que os colegas de Lisboa tinham feito.
Depois, devidamente indignados, deram parecer favorável ao que os indignava
(em linguagem parlamentar: Aprovaram, na generalidade, a proposta de lei relativa à terceira revisão do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores.)
Dúvidas que eu tenho
- Os deputados dos Açores apresentaram a sua proposta para "experimentar",ver até que ponto
ludibriavam a vigilância censória de Lisboa?
- Queriam mesmo aquela proposta aprovada tal e qual?
- Se queriam isso, como é que agora aprovam uma proposta que vem desfigurada?
"Para a Assembleia Legislativa, a proposta açoriana, com as alterações que lhe foram introduzidas pela Assembleia da República, “não foi, no seu núcleo essencial, desvirtuada”
-dizem os nossos deputados.
- Então aquela paixão pelo "povo açoriano" era só folclore? Chacota? Algo que "não dá pão para a boca" como terá dito Ricardo Rodrigues deputado açoriano do Ps na AR?
- Mas Carlos César continua a berrar a plenos pulmões em defesa do "povo açoriano"!? Afinal?
2. Os "AUM€NTOS" dos deputados
Os senhores deputados viram aumentar substancialmente as verbas para despesas de representação.O caso mais flagrante é o do deputado do CDS/PP que embora esteja sozinho é como se liderasse um grupo !? e por isso recebe mais.Muito mais.
Dúvidas que eu tenho:
- O PSD aprovou primeiro, "emendou a mão" depois e Costa Neves vem criticar duramente uma medida que há pouco ele considerava boa!?
- Como é que do pé para a mão se passa a considerar mau aquilo que se considerava bom?
Mudar de opinião é saudável, mas em casos destes é sinal de falta de convicções.
É andar por aí ao sabor da corrente, de ouvido no ar à procura de um descontentamento qualquer vindo do potencial eleitorado, para habilmente e estrategicamente "emendar a mao",
ou melhor, estender a mão ao voto. Dr.Costa Neves,entrámos na fase do vale tudo?

P.S. Se houver por aí alguém que me tire estas dúvidas, ficarei muito agradecido.
Pode ser num comentário a este post ou então remetendo-me para outro blog ou site onde
possa obter estas respostas. Respostas se possível em linguagem acessível e não
demasiado jurídica. É que eu faço parte do "povo açoriano".