sexta-feira, 24 de abril de 2009
"A revolução que falhou"
Que vamos comemorar no sábado?
O "dia inicial inteiro e limpo" [Sophia de Mello Breyner]?
Mas que resta desse dia?
As ruínas de uma história que se perdeu nela própria.
(...)
Ocultamos a dor do que perdemos, é isso.
(...)
Sabe-se quem travou a marcha ruidosa e feliz.
Conhece-se os nomes daqueles que, na sombra e no silêncio, isolaram e subjugaram, de novo, as nossas emoções.
"Acabou a tua festa, pá!", cantou Chico Buarque de Holanda.
O epitáfio definia o cansaço e a derrota.
Aí estão as sobras demoradas da nossa juventude.
Aí está o refugo de um sonho que tinha a dimensão do homem.
Afinal, vamos comemorar a nostalgia.
Baptista-Bastos
(Crónica, na íntegra, no DN)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Contudo, uma nova revolução, até não caia mal.
O Batista também tinha um apê com renda social. São tudo filhos da puta.
Enviar um comentário