O programa Prós e Contras de ontem na RTP andou uma hora a fingir que não estava ali para o que estava: para discutir o caso das escutas, do mail divulgado pelo DN e das trapalhadas do Fernandes do Público.A própria promoção do programa (1) no site da RTP não fazia nenhum esforço para escondê-lo, antes pelo contrário.
Por isso foi ridículo que depois se procurasse iludir os telespectadores.
E foi ridículo que o Fernandes se mostrasse indignado com o modo como a discussão foi conduzida (Ele tinha avisado que não ia para isso!?)
Do programa concluo aquilo que desconfiava. O tal Fernandes é um triste. Como é que uma pessoa destas pode dirigir durante tanto tempo um jornal "de referência" como o Público?
Também não gostei de ouvir algumas coisas que disse o Henrique Monteiro do Expresso, armado em sério e cumpridor das regras mas preocupado com os timings em que se divulgam algumas notícias. Não percebi o argumento de Henrique Monteiro para quem uma fonte política...não presta!? E se essa fonte política der acesso a informação relevante? Mesmo que dê jeito a essa fonte política? Segundo Monteiro nesse caso a notícia, mesmo que relevante, deve ir para o lixo.
(Ah meu malandro queres tirar o teu proveitozinho, é? Mas à minha custa não. Não há notícia. Ponto final.)
É um argumento tolo de mais para o director de um jornal "de referência" como o Expresso.
Sei que a Joao Marcelino são apontadas algumas "falhas de percurso", sei que vem do jornalismo desportivo (grande pecado segundo Henrique Monteiro!?) mas ontem não podia estar mais de acordo com ele.
Na minha opinião, toda esta polémica, e os tempos que lhe seguiram, deram para perceber também que o Público e o DN estão claramente comprometidos, o Público com Cavaco e o PSD, o DN com Sócrates e o PS.
Gostei de ler os comentários de
(1)
"Dúvidas, Factos e Notícias
Neste Programa:Como é que os jornalistas acompanham a vida política do país?O “Caso das Escutas” a Belém.José Manuel Fernandes enfrenta João Marcelino.Que papel desempenham os Media no desenvolvimento e progresso nacional?Liberdade de expressão e qualidade da democracia.Um conjunto alargado de jornalistas dá a cara no maior debate da televisão portuguesa".
1 comentário:
Jornalismo politico-partidário no seu melhor.
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