Esta é uma das minhas fotos preferidas.
Talvez seja mesmo a foto de que gosto mais.
Mas só agora descobri que, para além do meu gosto pessoal, há uma justificação para isso: ela foi uma das mais reproduzidas da história da fotografia, tendo aparecido em mais de dez mil publicações !?
Até agora não sabia nada sobre ela, o que inexplicavelmente me causava alguma angústia. Quem era esta mulher? Quando e onde tinha sido fotografada? Em que circunstâncias?
Curiosamente, com a disponibilização do arquivo da revista Life, voltei a deparar-me com esta foto. Aí já com uma legenda.
Talvez seja mesmo a foto de que gosto mais.
Mas só agora descobri que, para além do meu gosto pessoal, há uma justificação para isso: ela foi uma das mais reproduzidas da história da fotografia, tendo aparecido em mais de dez mil publicações !?
Até agora não sabia nada sobre ela, o que inexplicavelmente me causava alguma angústia. Quem era esta mulher? Quando e onde tinha sido fotografada? Em que circunstâncias?
Curiosamente, com a disponibilização do arquivo da revista Life, voltei a deparar-me com esta foto. Aí já com uma legenda.
E descobri toda a história à volta da foto intitulada “Migrant Mother”, tirada em 1936 em Nipomo, Califórnia. A foto que se transformou na imagem emblemática da Grande Depressão.
A mulher da foto era Florence Owens Thompson (1 Set. 1903-16 Set. 1983). Foi mãe de sete filhos. Tinha na altura 32 anos.
A foto foi tirada por Dorothea Lange (25 Maio 1895 – 11 Outubro 1965) que trabalhava para o Governo Federal, recolhendo imagens que documentavam o impacto da Grande Depressão na vida dos camponeses.
Florence não fez nenhuma pergunta. E Dorothea também nem lhe perguntou o nome nem qual a sua história. Florence estava esfomeada e desesperada. Sobrevivia com recurso a vegetais dos campos vizinhos e dos pássaros que as crianças caçavam.
Só nos finais da década de 1970 é que a identidade de Florence Thompson se tornou conhecida.
Ironicamente, em 2007, a sua filha Katherine, à esquerda na foto, voltou à situação de sem-abrigo. A sua casa foi consumida pelo fogo; perdeu todos os seus haveres e um muito especial, a sua cópia pessoal da fotografia que a tornou famosa e à sua mãe.
A foto foi tirada por Dorothea Lange (25 Maio 1895 – 11 Outubro 1965) que trabalhava para o Governo Federal, recolhendo imagens que documentavam o impacto da Grande Depressão na vida dos camponeses.
Florence não fez nenhuma pergunta. E Dorothea também nem lhe perguntou o nome nem qual a sua história. Florence estava esfomeada e desesperada. Sobrevivia com recurso a vegetais dos campos vizinhos e dos pássaros que as crianças caçavam.
Só nos finais da década de 1970 é que a identidade de Florence Thompson se tornou conhecida.
Ironicamente, em 2007, a sua filha Katherine, à esquerda na foto, voltou à situação de sem-abrigo. A sua casa foi consumida pelo fogo; perdeu todos os seus haveres e um muito especial, a sua cópia pessoal da fotografia que a tornou famosa e à sua mãe.
A foto “Migrant Mother” foi apenas uma de várias que Dorothea Lange tirou a Florence e aos filhos, mas nenhuma outra teve esta divulgação.
Dorothea Lange, a "fotógrafa do povo" trouxe uma grande mudança na maneira de conceber e fazer fotografía documental: o da imagem como testemunho e instrumento de reforma social.
Notas finais:
- Naquele tempo não havia photoshop, mas repare bem na foto Migrant Mother; na primeira reprodução note que o polegar de Florence foi "apagado". Na segunda foto a contar de cima o polegar é bem visível.
- No You Tube pode ver depoimentos das filhas de Florence.(aqui)
- Toda a colecção de negativos de Dorothea Lange, pertencente ao Museu de Oakland, Califórnia,
está também disponível on line, aqui.
Desde sempre ao olhar a foto Migrant Mother só me apetecia ser pintor.
Agora, nas minhas "investigações", vim a descobrir estes trabalhos do pintor R. Jean Vallières
1 comentário:
Grande posta!!!
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