quarta-feira, 21 de outubro de 2009

José Saramago e José Mourinho: quando a arrogância é permitida


Detesto pessoas convencidas e arrogantes.
Dizem que José Saramago e José Mourinho são convencidos e arrogantes.
E no entanto eu não os detesto. Admiro-os!
Será porque são bons naquilo que fazem?
Acho que é por isso mesmo.
É que na verdade o que detesto mesmo são pessoas pequeninas e insignificantes que apesar da sua pequenez e insignificância... são convencidas e arrogantes.
Os nossos Josés têm motivos de sobra para se excederem por vezes.
Não vou crucificá-los por isso. A um génio tudo se perdoa. E eles são ambos "especiais".
Em vez de me envergonhar, como o outro (como é que ele se chama mesmo?) eu tenho orgulho em ser português e compatriota de Saramago (e de Mourinho, já agora). Mesmo que por vezes possa pensar também que eles exageraram. Eles podem. A matilha que lhes ladra ao caminho não tem pedigree para isso. Cresçam e apareçam. Até lá não façam como o eurodeputado (como é mesmo o seu nome?), reduzam-se à sua insignificância.

4 comentários:

Carlos Faria disse...

Claro que por mim estão perdoados e mantenho a admiração pelo trabalho que fizeram (fazem)... tal não quer dizer que não penso que também utilizam excessivamente a arrogância e por vezes com motivos promocionais, o caso de saramago agora é um bom exemplo.

Carlos Faria disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Cunha disse...

A confiança em nós próprios é um factor determinante para termos uma vida profissional bem sucedida.

No entanto a confiança excessiva das pessoas que mesmo não apresentando resultados extraordinários das suas acções, continuam a demonstrar uma arrogância descomunal, isso sim eu desprezo... A incapacidade de admitir o erro.

Vieira Brito disse...

As virtudes aplaudem-se. Os defeitos repudiam-se.A genealidade dos "Josés", nos campos que os notabilizam, são de aplaudir, motivo de orgulho e de admiração. Ninguém os crucificará por isso. Já a sua arrogância militante e a sua intolerância indisfarçável são motivo de repúdio. Aos "Josés", ou a outros, a admiração incondicional é sinal de subserviência, de incapacidade de discernir, de negar a própria condição de ser inteligente. É, ao fim e ao cabo, o princípio das ditaduras: o chefe fala, a plebe aplaude.
Meu caro "Homem das Ilhas": comungo consigo todo o orgulho de ser português e compatriota de Saramago. Assim sentisse ele o mesmo orgulho em ser compatriota de Camões, Garrett, Eça, Pessoa, Torga...Nemésio,Natália,Agustina...e não "amuasse" (quando lhe fazem frente) ameaçando com a renúncia à nacionalidade!
V.B.