quarta-feira, 29 de abril de 2009

"Móquenas"


Na caixa do hipermercado, a menina dava voltas e voltas à folha.
E não havia maneira de encontrar o código para o produto.
- Não vejo aqui móquenas...
- Experimente a ver nêsperas.
- Ah, tá aqui...Eu conheço é por móquenas...
Só em S.Miguel ouvi chamarem móquenas às nêsperas.
E nunca percebi de onde raio vinha o nome.
Hoje decidi "investigar".
E descobri.
Descobri que mónica é um açorianismo que quer dizer nêspera.
Assim é fácil concluir que móquena é a deturpação para mónica.
(Também vi escrito mocnas)
Nome comum: Nespereira, nêspera, moniqueira, mónicas, móquenas
(Mas o mapa sugere que só existe nas Flores,no Faial,em S.Miguel e Santa Maria.
Acho que há em todas as ilhas dos Açores.Pelo menos no Pico há imensas.)

Veja ainda:
E já agora não seja "nêspera" :)

RIFÃO QUOTIDIANO
Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia
chegou a Velha
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a
é o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece
(Mário Henrique Leiria)

Jornal do Incrível


- Escreve aí, vá "É muito feio enganar as pessoas. Pior ainda se forem crianças".
Isso.
Muito bem.
Linda menina.
E não te esqueças de votar no PS, tá bem?

PS usou em tempo de antena imagens de crianças com o Magalhães pedidas pelo Ministério da Educação (Público)

Liberdades


Foto Açoriano Oriental

No dia 25 de Abril, Natalino Viveiros sentenciava no Editorial do Correio dos Açores:
A liberdade está ferida de morte
"A liberdade está ferida de morte porque a rede montada pelo sistema não permite a livre expressão. Actua movido pelos interesses políticos ou económicos que defende e atrofia a liberdade dos outros em benefício da sua própria liberdade. Quem comanda não quer ser incomodado e tudo faz para condicionar a liberdade dos que podem ser incómodos. Com a democracia como está, com a justiça transformada num palco onde se digladiam o poder político com o poder judicial a liberdade está amordaçada.
(...) É preciso regenerar o vinte e cinco de Abril, mesmo que para isso seja necessário repetir a revolução dos cravos. "



Carlos César não gostou, e de cravo ao peito, respondeu assim:
“Ainda hoje vi um título de um órgão da imprensa regional dizendo que a Liberdade estava ferida de morte. A Liberdade está tão viva e tão pujante que é possível ter títulos destes sem o editorialista ir para à prisão” .

Foto GACS

Na resposta, Natalino Viveiros escreve de novo no Correio dos Açores:
Liberdade está ferida…mas não morreu



"O que disse o Presidente do Governo é grave, não pelo ataque que faz, mas pelo pensamento que revela. O Presidente fala do título e não do conteúdo ou da reflexão em si. Se não fala do conteúdo é porque não leu, ou se leu concorda com ele. Se leu apenas o título e a partir daí disse o que disse, então manifesta uma ligeireza na análise não condizente com a responsabilidade da função. Pensar-se que o título do editorial do Correio dos Açores é matéria de ir parar à prisão é uma atitude própria do pensamento totalitário que o 25 de Abril de 1974 matou e que o 25 de Novembro de 75 enterrou. Prezamos acima de tudo a liberdade e por ela nos batemos. Arrisquei a minha vida e a vida da minha família, com duas bombas em casa que me destruíram bens e haveres, mas nunca verguei perante as ameaças e as intimidações. Nunca andei, em nome da revolução de braço dado com aqueles que queriam uma revolução totalitária. Nunca desfilei pelas ruas a pedir a prisão de concidadãos meus por pensarem ou por defenderem projectos políticos diferentes daquele que defendia e defendo. Sempre convivi e trabalhei com pessoas que politicamente pensavam de forma diferente da minha e nunca me dei mal porque por isso, pois só enriquecia o meu trabalho. Ninguém é detentor único da verdade e quem pensa que é dono dela há-de provar depois o travo amargo do seu engano. A liberdade só é liberdade quando se respeita a liberdade dos outros. Quando se pensa na prisão por livremente se pensar, a liberdade está ferida de morte. Bem alto dizemos o que disse o poeta Adriano Correia de Oliveira: Não há machado que corte a raiz ao pensamento".

terça-feira, 28 de abril de 2009

Zapping

Cão que ladra...

"Estava José Sócrates numa situação pública quando uma jornalista se aproximou: "Posso?", disse ela. Respondeu Sócrates: "Claro, eu não mordo." E ela: "Não morde, mas rosna. E às vezes rosna muito."
A história foi contada, no domingo, pelo jornal Público. Temos, assim, que uma jornalista, no exercício das suas funções, disse a alguém sobre quem escrevia: "Você rosna." Tenho a dizer o seguinte: está tudo maluco. Ao almirante Pinheiro de Azevedo irritava-o ser sequestrado; a mim é mais conversas parvas."

Ferreira Fernandes (DN)

... também morde

"Em Janeiro, a propósito da entrevista à SIC, critiquei aqui Ricardo Costa pela agressividade excessiva e gratuita em relação ao chefe do Governo. Digo agora que, pela forma agreste e inconveniente como foi tratada pelo primeiro-ministro na entrevista desta semana à RTP, quem tinha boas razões para se ter levantado da cadeira era Judite de Sousa. Talvez julgando que não, José Sócrates apenas se diminui quando se põe a discutir perguntas, ou a questionar as motivações de quem as faz. Na prática, comete o mesmo erro dos tais jornalistas, porventura demasiado próximos no passado, para quem uma entrevista do primeiro-ministro tem que ser um combate de boxe. E - o que é pior - um combate entre iguais".
Fernando Madrinha (Expresso)

Não foi o "ami" Sarkozy que denegriu os líderes europeus?

"Sucede que, como era inevitável, à implosão do comunismo, em 1989-90, seguiu-se uma nova implosão: do capitalismo financeiro-especulativo. Os anos finais de Bush representam o fim de uma era, que começou com a senhora Thatcher e o presidente Reagan e continuou com Blair, Berlusconi, Aznar e Bush pai.
A inteligência americana foi a primeira a reagir, sendo que o Iraque se tornou num novo Vietname. A cidadania global produziu um novo líder na América: Barack Obama, um afro-americano, humanista e habilíssimo político, arauto de uma nova era.
É aí que estamos. Com a União Europeia, desprovida de líderes e a reagir muito pouco e mal, na esperança de que tudo fique na mesma. Impossível! A crise global está instalada, entre nós, e para ficar, por algum tempo mais. Que fazer?"

Mário Soares (DN)

O empresário do regime

"Durante anos, mais em privado do que em público, os empresários queixavam-se do poder político. Nesta legislatura aconteceu um milagre. O poder empresarial, mais em público do que privado, adora o poder político. Para ser mais preciso, adora José Sócrates.
A paixão é tão intensa que hoje em dia já é difícil encontrar um projecto empresarial que não esteja associado ao primeiro-ministro, ou uma iniciativa governamental na esfera económica em que não seja visível algum interesse empresarial em fundo.

(...)O poder empresarial está rendido. Isto é muito melhor do que alguma vez imaginou. Um primeiro-ministro com espírito de empresário é uma dádiva dos céus. E, por isso mesmo, paga na mesma moeda. É raro o dia em que um empresário, dos que contam, claro, não aparece num jornal, ou numa televisão, para garantir aos portugueses que, sem José Sócrates, seria o caos.
O poder empresarial, o que conta para o poder político, ganhou um inesperado e super administrador executivo. Chama-se José Sócrates."

Luís Marques (Expresso)

Muito preocupante



(Diário Digital/Lusa)

Sou do Pico ... mas não pico


Vai longa a discussão à volta das touradas picadas nos Açores.
Não tenho perdido muito tempo nestas lides.
Mas parece-me que o argumento não pode ser o de que legalmente, com o novo estatuto, já podemos.
Basta querer.
Eu não creio.
Que haja assim tantos açorianos amantes das touradas picadas.
Nem que as touradas picadas sejam uma grande e antiga tradição na Região.
Quantos anos são precisos para fazer uma tradição?
Gosto pouco de touradas.
Fico-me pelas pegas de forcados.
Tudo isto para dizer que me junto aos que estão contra esse "avanço" legislativo.
Não vamos ganhar nada com isso.
Nem sequer o respeito dos outros.
E agora que já piquei o ponto recolho-me aos curros.
Boa faena.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

domingo, 26 de abril de 2009

Rodolfo Vieira



(Expresso)

O Santo Guerreiro


Não perdi muito tempo a estudar o assunto. Talvez por isso continue com alguma dificuldade em perceber a santidade de Nuno Álvares Pereira, hoje proclamada pelo Papa.
Talvez recuando ao tempo das Cruzadas em que a Guerra Santa dava a sua benção para que se matassem cristãmente os infiéis?

Alberto João Jardim "preso" no 25 de Abril

Andava certamente a preparar a revolução.

Jornal do Incrível



A McDonald's vai abrir mais 175 restaurantes na China, e criar 10 mil novos postos de trabalho.

sábado, 25 de abril de 2009

Parabéns Ribeirense!





O Ribeirense da ilha do Pico venceu hoje a Taça de Portugal em voleibol feminino, derrotando o Gueifães no Pavilhão Multiusos de Baião por 3-1 (25-14; 18-25; 25-17 e 25-16)

A simbologia do cravo



Encravado

Manuel Alegre,vice-presidente da Assembleia da República recebe José Sócrates e entrega-lhe um cravo vermelho que o primeiro ministro coloca ao peito.
Achei um acto simbólico.
Foi como se um dos poucos socialistas que insiste nos valores de Abril lembrasse Sócrates que o tem de fazer também.

"Cravo vermelho ao peito a todos fica bem ..."

Na bancada do PSD apenas dois deputados se apresentam de cravo vermelho: Zita Seabra e Mota Amaral. Durante anos houve um preconceito contra os cravos vermelhos. Os partidos da direita associavam os cravos vermelhos aos "vermelhos" e fugiam desses cravos genuínos como o diabo da cruz. Ostentavam, então, púdica e envergonhadamente, uns cravos desmaiados.
Mota Amaral deixou-se dessa tolice.
Saudações democráticas.

Verdes

As pessoas não devem servir a economia.
A economia é que deve servir as pessoas.
Esta ideia defendida pelo deputado José Luís Ferreira, dos Verdes, estabelece uma diferença fundamental entre uma visão retrógrada e uma visão progressista.
Os inimigos do 25 de Abril costumam argumentar que no tempo do fascismo o país era rico e que agora estamos mais pobres. Esquecem-se do essencial: o país poderia ter alguma riqueza acumulada, mas as pessoas eram mais pobres.
E queremos voltar a esses tempos?

"Políticamente incorrectos"

Até há uns anos, as sessões comemorativas do 25 de Abril arrastavam-se
respeitosamente. Quase ninguém ousava levar à tribuna críticas directas e contundentes ao Governo em funções. Hoje assistimos à sessão mais "políticamente incorrecta" dos últimos 35 anos. Paulo Rangel do PSD terá sido o mais "incorrecto", mas não posso deixar de concordar com a sua argumentação. Um Governo em fim de mandato não deveria lançar para o futuro de décadas obras que deixam as gerações futuras hipotecadas.
Essa é também uma forma de perder a liberdade.
Capitão de Abril

Marques Júnior, deputado do PS, foi um dos capitães de Abril.
Emocionou-se no seu discurso e disse que apesar de tudo continua a rever-se no 25 de Abril quando olha para os deputados na Assembleia da República.
Da bancada do CDS-PP apenas Diogo Feyo aplaudiu.
Bonito.
Saudações democráticas.

Desrespeito ou problemas de bexiga?
Santana Lopes não assistiu a uma boa parte dos discursos.
Só se sentou no seu lugar já Paulo Rangel discursava.
Paulo Portas saiu quando Marques Júnior discursava.
Ter-se-ão cruzado a caminho do WC?

Abril


Eu gosto do 25 de Abril.
Ainda gosto do 25 de Abril.
35 anos depois.
Apesar de tudo.
Apesar do pouco.
Valeu a pena.
Mesmo que ainda falte "cumprir" Abril.
Quem põe em causa o 25 de Abril não merece a Liberdade que lhe ofereceram.
Mas quem anseia por uma verdadeira democracia também não merece esta "democracia".
É preciso um novo 25 de Abril.
(TSF)

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Judite de Sousa


Foto Gonçalo Lobo Pinheiro (Olhares.com)

Judite de Sousa é hoje a jornalista que faz melhor a entrevista política em Portugal.
Ela diz à revista do DN de hoje que "Se Sócrates recusasse falar do Freeport não o entrevistava".
Outra coisa não seria de esperar.
Era só o que faltava que uma grande entrevista deixasse de fora o Freeport só porque Sócrates não gosta de falar do assunto.
Não gosta e demonstrou-o com a sua arroganciazinha costumeira.
Uma coisa é o "jornalismo" da TVI outra coisa é ignorar os temas incómodos para o PM.

"Bastidores: Guantanamo"

Numa altura em que Guantanamo continua na ordem do dia,
eis um documentário a não perder.
É de Jon Else do National Geographic e estreia domingo em Portugal.

"A revolução que falhou"


Que vamos comemorar no sábado?
O "dia inicial inteiro e limpo" [Sophia de Mello Breyner]?
Mas que resta desse dia?
As ruínas de uma história que se perdeu nela própria.
(...)
Ocultamos a dor do que perdemos, é isso.

(...)
Sabe-se quem travou a marcha ruidosa e feliz.
Conhece-se os nomes daqueles que, na sombra e no silêncio, isolaram e subjugaram, de novo, as nossas emoções.
"Acabou a tua festa, pá!", cantou Chico Buarque de Holanda.
O epitáfio definia o cansaço e a derrota.
Aí estão as sobras demoradas da nossa juventude.
Aí está o refugo de um sonho que tinha a dimensão do homem.
Afinal, vamos comemorar a nostalgia.



Baptista-Bastos

(Crónica, na íntegra, no DN)

quinta-feira, 23 de abril de 2009

No Dia do Livro


"O mundo está cheio de livros fantásticos que ninguém lê"
Umberto Eco


Tenho muitos livros que não sei se chegarei a ler.

Não serão todos fantásticos.

Mas tenho a certeza que deixarei alguns por ler.

E incomoda-me pensar nisso.

E apesar disso, acho que também tenho de escrever um livro.

Que alguns (poucos) hão-de ler.

E muitos outros ignorar.

A parte da árvore e do filho já está.

Falta o livro.

Um dia ... escrevo um livro :)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Stacey Kent


É por vozes como a de Stacey kent que gosto do soft-jazz.
Ela está em Portugal para dois concertos.
Quinta, 23, 21h30,Centro Cultural das Caldas da Rainha.
Sexta, 24, 21h30, Museu do Oriente.

Próximooooooo !



Moniz processa Sócrates

Sócrates processa TVI

Manuela processa Sócrates...

Próximooooo!

O que quer dizer paridade?

paridade
1. qualidade ou característica do que é par; igualdade
2. qualidade de ser parecido; semelhança, parecença, similaridade

Bem me parecia que o Duarte Freitas tinha sido prejudicado por uma coisa parecida com paridade.

A lei da paridade não põe par a par os homens e as mulheres.
Considera apenas que são parecidos.
Bem me queria parecer.

Jornal do Incrível


Entrevista José Sócrates
Moura Guedes processa primeiro-ministro

A directora adjunta da TVI decidiu processar o primeiro-ministro depois de Sócrates ter dito na RTP que o Jornal Nacional de sexta-feira é um "telejornal travestido" e uma "caça ao homem".
José Sócrates aproveitou a entrevista para tornar claro o seu desprezo pelos telejornais de sexta-feira na TVI.
"Aquilo não é um telejornal, é uma caça ao homem", é "um telejornal travestido", feito de "ódio e de perseguição", disse, queixando-se ainda da ausência de críticas entre os jornalistas ao tipo de jornalismo praticado por Manuela Moura Guedes.
"Vou processá-lo", foi assim que reagiu a directora adjunta de informação e pivô da TVI, Manuela Moura Guedes, contactada pelo DN, depois de ter ouvido a entrevista que o primeiro-ministro, José Sócrates, deu ontem à noite na RTP1, aos jornalistas Judite de Sousa e José Alberto Carvalho. (DN)

A Fajã do Calhau no Dia da Terra


No Dia da Terra ouço pela manhã que o relatório da Comissão Parlamentar de Ambiente sobre a Fajã do Calhau não relatou grande coisa. Como já se suspeitava.
Houve até um deputado do PS, muito satisfeito, que disse que "A montanha pariu um rato".
Um mísero rato de esgoto, acrescentaria eu.
No Dia da Terra ouvir logo pela manhã que há quem se congratule pelo facto dos nossos deputados "certificarem" um atentado ambiental é violento.
Temos de tratar do nosso condomínio.
Mas por cá não estamos a dar um bom exemplo.
É uma vergonha.
Digam o que disserem.

Ilegível e Elegível

Maria do Céu é elegível.
Duarte Freitas é ilegível.
A primeira será 6ª.
Atrás do madeirense que será 5º.
É elegível porque está na lista do PSD com possibilidades de ser eleita.
O segundo (que foi o 3º mais "produtivo" e que, como "recompensa" queriam colocar em 10º)
é ilegível porque não está na lista.
Por isso ninguém poderá ler lá o seu nome.
Maria do Céu é elegível.
Duarte Freitas é ilegível.
Mas para muitos, a esta hora, a Maria do Céu não sendo ilegível é intragável.
Com toda a ética vos digo que não me lembro de semelhante filhadaputice.
E como nesta altura só me lembro de outras palavras impronunciáveis vou dormir.
Inconformado...mas descansado.
Não tenho nada a ver com esse filme.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A primeira derrota de Berta Cabral


Duarte Freitas com a Comissária da Agricultura

Com a enorme injustiça que o PSD de Manuela Ferreira Leite faz ao eurodeputado Duarte Freitas, Berta Cabral sofre a sua primeira grande derrota enquanto líder do PSD-Açores.
Mesmo que diga que ganhou.
E que ganharam todos.
Para os Açores Maria do Céu Patrão Neves em 6º lugar (elegível) vale tanto como Duarte Freitas em 10º (não elegível).
Maria perceberá muito das coisas do céu...
mas muito pouco das coisas mais terrenas.
O que é que ela sabe de agricultura,por exemplo?
Que o leite não vem dos pacotes mas das vacas?
É curto.
Se Duarte Freitas fosse mulher continuava no parlamento europeu.
Teve azar.
É homem.
É a primeira grande vítima da tolice das quotas e das paridades impostas.
Com que espírito é que a Maria do Céu se vai sentar no parlamento europeu sabendo que só o faz por ser mulher?

Os açorianos terão muita dificuldade em perceber que um eurodeputado cujo trabalho foi elogiado quase unâninememente seja preterido porque o PSD quer cumprir a paridade.
Ainda há pouco tempo Duarte Freitas aparecia no Expresso como o 3º eurodeputado português mais "produtivo".
E isso nao vale nada?
É preterido também em nome da renovação?
Mas ele estava lá apenas há um mandato!
Quantos do PSD já ocuparam cargos, já "morreram" e se "enterraram" e "ressuscitaram".
A própria Ferreira Leite!
Renovação?
Então a líder que dê o exemplo.

Justiça "pilha galinhas"


domingo, 19 de abril de 2009

O cardeal, o preservativo e a pólvora

D. José Policarpo descobriu a pólvora.
Diz que o preservativo é falível.
E como é que o cardeal descobriu?
Não terá sido pelo uso que lhe deu naturalmente.
Diz o cardeal que foram "responsáveis portugueses" que lhe disseram.
Bom, assim sendo na verdade não foi o cardeal que descobriu a pólvora.
Foram os "responsáveis portugueses".
Comungam, o cardeal e os "responsáveis portugueses", de que o preservativo não deve ser
a "única maneira de combate à sida".
A gente lê isto e não quer acreditar.
Mas alguém disse que o preservativo deve ser a única maneira de combate à sida?
Quem é que disse?
Onde?
Quando?
É óbvio que o preservativo é falível.
Como os carros, os aviões, os telemóveis, os aspiradores, os computadores, todo e qualquer tipo de máquina.
Toda e qualquer pessoa.
Até o cardeal.
E até Sua Santidade o Papa.
Onde estão os infalíveis?

sábado, 18 de abril de 2009

Jornal do Incrível


Auto-retrato atribuído a Hitler

(Segundo a agência Lusa) uma leiloeira de Nuremberga, vai pôr à venda na próxima semana duas aguarelas pintadas por Adolf Hitler em 1914.
Apesar de não ter conseguido, na sua juventude, ser admitido na Escola de Belas Artes de Viena,
Hitler pintou numerosas paisagens.
É que não fazia mesmo a mínima ideia que a besta tinha queda para as artes.
Ler também Ípsilon (Público).

Casa Negra

Com Bush a Casa Branca foi sinónimo de uma política muito "negra".
Com Obama as coisas começam a clarificar-se.
Veja-se agora a divulgação dos memorandos da Administração Bush, que justificam a tortura nos interrogatórios.
Um verdadeiro em(bush)te.
O que mais se irá descobrir ainda?

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Gato por Lebre


Os estaleiros de Viana do Castelo não percebem porque é que o Governo Regional (depois de "todos" os açorianos o terem "dito") finalmente disse que não quer o Atlântida.
Era para dar 19 nós e só dá 16,5?
Qual é o problema?
Mais nó menos nó...
No meio disto tudo os Açores é que iam ficando num novelo.
Como alguém que precisa de um T4 e acaba com um T1.
Como alguém que calça 43 e fica com uns sapatos 39.
Como alguém que compra uma lambreta que dá 40...a descer.
Como alguém que ... compra gato por lebre.
E o Sr. Defensor ainda defendia que César e Sócrates embarcassem neste luxuoso submarino!?
É caso para dizer que esta história já enjoa.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Como é que se diz "asno" em francês?


Nicolas Sarkozy acha-se o maior.
E questiona (quase) tudo e (quase) todos.
A inteligência de Zapatero.
A inexperiência de Obama.
A personalidade de Merkel.
E o profissionalismo de Durão.
Ah, mas também tece elogios.
A quem?
A Berlusconi.
E porquê?
Porque "o importante na democracia é ser reeleito.
Vejam Berlusconi, foi reeleito três vezes".
Como é que se diz "asno" em francês?

Em breve nos cinemas

Fiquei fã de Audrey Tautou quando vi "Le Fabuleux Destin D'Amélie Poulain", de Jean-Pierre Jeunet.
Só por isso estou curioso para ver a biografia de Coco Chanel.

Os livros estão caros ... mas

Os livros estão caros...
mas só não lê livros quem não sabe ler...ou quem não quer.
Quando era miúdo ia, às quintas-feiras (ainda me lembro do dia!?) à biblioteca itinerante da Gulbenkian. Levava sempre o máximo permitido (5 livros) e devorava-os antes da nova passagem da biblioteca itinerante.
Tudo isto para dizer que hoje ainda há Gulbenkian e bibliotecas que emprestam livros.
Mas para quem quer comprar livros há frequentemente umas pechinhas, geralmente disponiblizadas por jornais ou revistas.
Ainda há pouco enriqueci a minha biblioteca com mais alguns livros, graças às revistas Sábado e Visão. Esta última com uma interessante colecção (Frente e Verso), com uma antologia de contos de um lado e poesia do outro. E quanto custou cada livro ? € 0,50 (€0,65 nos Açores). A colecção da revista Sábado foi vendida a 1€ (1.30€ nos Açores).
Os livros estão caros...mas

Colecção Frente e Verso (Visão):

Manuel Alegre - A terceira Rosa (prosa) / Livro do Português Errante (poesia)
Nuno Júdice - O Anjo da Tempestade (prosa) / Pedro, Lembrando Inês (poesia)
Mia Couto - O Fio das Missangas (prosa) / Raiz de Orvalho e Outros Poemas (poesia)
Maria Teresa Horta - Antologia de Contos (prosa) / Só de Amor (poesia)
Mário Cláudio - O Anel de Basalto (prosa) / Dois Poemas (poesia)
Ondjaki - O assobiador (prosa) / Há prendisajens com o Xão (poesia)
João Melo - The serial Killer (prosa) / Auto-Retrato (poesia)
Fernando Pinto do Amaral - Contos (prosa) / Poemas Escolhidos (1990-2007) (poesia)

Quarta edição da colecção Biblioteca Sábado:

Mar Morto (Jorge Amado)
O Quarto Protocolo (Frederick Forsyth)
Samarcanda (Amin Maalouf)
Os Filhos da Meia Noite (Salman Rushdie)
As Cidades Invisíveis (Italo Calvino)
Lolita (Vladimir Nabokov)
Vasto Mar de Sargaços (Jean Rhys)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Deputados "anónimos"


Uma boa parte dos nossos deputados à Assembleia Legislativa Regional dos Açores escreve para os jornais. Não há nada de mal nisso, antes pelo contrário. É uma boa oportunidade para sabermos o que pensam. Aqueles que pensam. É que, do que dizem (se dizem) no parlamento pouco se sabe. Mas há uma coisa que me irrita: os deputados, e outros militantes activos, não são identificados nos seus escritos com os partidos que representam.
Querem exemplos?

No Açoriano Oriental

Carla Bretão (PSD) é economista
Cláudia Cardoso (PS) é professora
Pedro Gomes (PS) é advogado
Aníbal Pires (PCP) é professor
Piedade Lalanda (PS) é socióloga
Artur Lima (CDS-PP) é médico-dentista

No Correio dos Açores

António Soares Marinho (PSD) é economista
Helder Silva (PS) é investigador
Jorge Macedo (PSD) é engenheiro mecânico
José Decq Mota (PCP) ... não é nada!?
Francisco Vale César (PS) é deputado regional do PS (aleluia!)
João Aguiar (Dona Benta), do PS, também não é identificado como assessor de Carlos César.

No Atlântico Expresso

António Pedro Costa, Rui Ramos e Cláudio Almeida , todos do PSD, não são nada!?
Já Eugénio Rosa, economista, não é identificado com o PCP.

No Diário dos Açores

José Manuel Bolieiro (PSD),Francisco César (PS),Mário Abrantes (PCP),Paulo Estêvão (PPM), Pedro Medina (CDS-PP) e Lúcia Arruda (BE) ... não são nada !?
Até o padre Alexandre Medeiros é "educador" !?

No Diário Insular

Luís Fagundes Duarte (PS) ... não é nada.

O Jornal do Pico é uma honrosa excepção

Cláudio Lopes (PSD) e Lizuarte Machado (PS) são identificados por aquilo que são: deputados do PSD e do PS.
(Fotos Basalto Negro)
P.S. Recentemente muitos se escandalizaram com o facto deste meu blog, assinado com um pseudónimo, ter estado na origem do movimento de protesto pelo crime ambiental da Fajã do Calhau, conhecido por Dia F.
Para mim, muito mais grave que isso é que os senhores dos partidos, deputados ou não, venham escrever nos jornais sem que sejam identificados com os seus partidos, já que a maioria deles, não faz mais que defender cegamente a doutrina do seu partido.
Os leitores menos informados têm o direito de, para além da voz, conhecerem quem são os donos. Para quê esconder isso?