Ontem, Manuel Alegre disse "Sim".
Hoje, o PS, depois de dormir sobre o assunto (ou não) veio dizer ,pela voz de Francisco Assis ... "nim".
Diz que "respeita e regista", mas que não é o "tempo próprio".
Quando será o "tempo próprio"?
Ponham-se a dormir e depois digam que tiveram azar.
***
Carlos César, que não dorme, já veio dizer o óbvio (que os seus camaradas não vêem):
Mas o presidente do PS/Açores, que é dos socialistas mais inteligentes, mais do que muitos camaradas de Lisboa, disse mais. Que "é bom que Manuel Alegre manifeste a sua disponibilidade" e que Alegre "é, depois de Mário Soares, a maior referência do PS".
***
Outras figurinhas do PS, pequeninas mas que se põem a toda a hora em bicos de pés a ver se aparecem, já vieram também mandar as suas bocas "inteligentes".
Por exemplo, aquele que atira os foguetes e recolhe as canas
afirma que a candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República "dividirá seriamente" o partido, preferindo nomes capazes de conquistar votos ao centro e à esquerda, como Ferro Rodrigues e António Guterres.
Não percebe este crânio aquilo que César já percebeu há muito: que "Alegre vai muito além do PS".
Não percebe este crânio aquilo que César já percebeu há muito: que "Alegre vai muito além do PS".
Outro socialista grande, que não é grande coisa, o José Balellas, afirmou que não se vai empenhar numa candidatura de Manuel Alegre às eleições presidenciais de 2011, que lhe é "relativamente indiferente".
Cá para mim opiniões destas é que deveriam ser indiferentes a quem manda no PS.
E para encontrarmos mais uma reacção lúcida por parte da esquerda temos que sair fora do PS, que, como vimos, oficialmente, apenas "regista e respeita".
Louçã, que não é estúpido, já colocou o Bloco ao lado de Alegre:
"Nem deste nem daquele partido, porque uma candidatura presidencial não é de partido. É tão importante que haja uma candidatura que saiba tomar posição, como fez Manuel Alegre. E tanto incómodo que ele criou; e tanta esperança que ele mobilizou", salientou Louçã.
"Nem deste nem daquele partido, porque uma candidatura presidencial não é de partido. É tão importante que haja uma candidatura que saiba tomar posição, como fez Manuel Alegre. E tanto incómodo que ele criou; e tanta esperança que ele mobilizou", salientou Louçã.
O líder bloquista disse que Manuel Alegre teve "a palavra certa no momento certo" em questões como o desemprego ou a precaridade, lembrando que o socialista se opôs ao Código do Trabalho aprovado pelo seu partido.
Seguir-se-á, naturalmente, a enxurrada de opiniões - uma parte a cargo desses politólogos iluminados - que hão-de gritar até à exaustão que o país não precisa de um poeta na presidência.
Por mim, não entro no coro.
Pelo sonho é que vamos.
Quem não é capaz de sonhar não é capaz de nada.
O que teria sido a História de Portugal sem a capacidade de sonhar?
Não foi do sonho que nasceu a obra?
1 comentário:
Não serviu de nada a lição. Afinal, são muito lerdos ou querem que seja assim
Enviar um comentário