segunda-feira, 29 de junho de 2009

Que tristeza de ... crónica


Cavalhadas de S.Pedro, hoje. (Foto GACS)

Hoje foi o dia das Cavalhadas de S.Pedro na Ribeira Grande. Como sempre atrairam muita gente. A participação dos cavaleiros continua a aumentar. A tradição está bem viva. Mas há quem ache que isto é uma "tristeza"!? Paulo Faustino (jornalista do Açoriano Oriental?) escreveu há dias (dia 23) nas Crónicas do Aquém um texto deprimente a que deu o título "Que tristeza".
Diz ele que "a tradição centenária inspirada num desfile equestre até poderia ter a sua piada se os cavaleiros soubessem...lidar com os cavalos. Mas não é esse o caso. Todos os anos (pelos menos os mais recentes) dezenas de animais habituados a pastar nos prados verdes da ilha são sujeitos a um enorme stress de fazerem (parece...) cada vez mais quilómetros à volta da cidade nortenha, em cima uns dos outros, ao som de cornetas, debaixo, por vezes, de um calor intenso que lhes deixa transpirados por todos os lados e sem poderem matar a sua sede, fustigados por golpes de chicote e porrete até à sua quase exaustão".

"Como se não bastasse - continua Paulo Faustino -, os pomposos cavaleiros, alguns num estado alcoólico deveras lamentável, puxam os apertados freios do animal até relincharem e levantarem as patas da frente. É por isso que alguns cavalos morrem no final do triste espectáculo".

E conclui: " Tradições assim é preferível que não hajam, para que os turistas não pensem que os animais afinal não são os cavalos, mas sim os seus cavaleiros e promotores das Cavalhadas..."

Que os cavalos "transpiram" parece uma evidência. Coitadinhos.
Que alguns cavalos morram porque os cavaleiros "puxam os apertados freios do animal até relincharem e levantarem as patas da frente" parece-me uma visão demasiado folclórica. Nunca ouvi tal coisa.
Mas se é assim, porque diabo é que o Açoriano Oriental não fez uma reportagem a denunciar essa "barbárie" em vez de, pelo contrário, oferecer hoje um caderno especial tecendo loas a "uma das festas mais curiosas dos Açores". É curioso, no mínimo.
Também nunca me apercebi que os cavaleiros fossem "num estado alcoólico lamentável".
Para mim lamentável e triste foi esta crónica do Paulo Faustino.
Uma "crónica do aquém" que vai muito além do razoável.

Cavalhadas de S.Pedro (Foto Açoriano Oriental)

5 comentários:

Maria Brandão disse...

e carregadinha de erros, o q é igualmente triste :(

Fiat Lux disse...

Enros?
Estava tão distraídos com os cabalos em agunia que ...
nem LHES vi :)

ZEZE disse...

Há alguma verdade no fundo da crónica, devo dizer. Penso que Faustino foi real demais e exagerou em alguns pormenores como o da morte dos cavalos. Mas a verdade por vezes dói mesmo!

Jordão disse...

Morte dos cavalos?! Esse senhor não tinha mais nada do que fazer, ou então nunca viu um cavalo na vida. Posso garantir que durante todo o ano muitos desses cavalos percorrem longas distâncias. E que são todos respeitados, quase idolatrados. É um orgulho ter um animal bem tratado.
Quanto ao álcool, até pode ter uma “nisca” de razão, mas, infelizmente, há casos bem piores na nossa sociedade!

Menina da Rádio disse...

não me parece que HAJAM assim tantos ENROS!!!