terça-feira, 21 de julho de 2009

Chama-se Deolinda


Chama-se Deolinda.
É a mulher do Paulo.
Estêvão.
Ambos são do PPM.
Vivem no Corvo.
Onde vivem apenas cerca de 400 almas.
Arranjar listas para concorrer às autárquicas não é fácil.
Por isso o PPM concorre à Assembleia Municipal mas não à Câmara.
À Câmara concorre Deolinda.
Pelo PSD.
Como "independente"!?
Por empréstimo.
Como os jogadores de futebol.
O PPM vai, naturalmente, votar em Deolinda.
Eu também votaria na minha mulher.
E Deolinda vai votar no marido e na família monárquica
para a Assembleia Municipal?
O PSD vai dar-lhe "liberdade de voto" ?
Estranha coligação que o é sem o ser.
Do PPM o PSD só quer a mulher do líder !?
E os votos. Mas coligação não.
Há sempre lugar para mais um insólito na política à regional.
Diálogo provável:
- Oh Paulo apaga a luz. Já viste as horas ? Tenho sono.
- Oh Deolinda deixa-me só acabar aqui este voto de protesto contra o executivo camarário.
- Mas eu é que sou a presidente !?
- Oh pá tá bem. Não leves tudo tão a peito. Isto não é nada pessoal. É contra a presidente e não contra a minha mulher. Eu não faria isso à minha mulher.Vá dorme que eu já estou quase a acabar isto. Como é que se escreve corrupção? Arranja-me aí um sinónimo. Não quero chamar nomes feios à minha mulher.

4 comentários:

Francisco Costa disse...

Esta é uma jogada politica que está muito para além do meu fraco entendimento...

Jordão disse...

Essa agora do: “Como é que se escreve corrupção? Arranja-me aí um sinónimo. Não quero chamar nomes feios à minha mulher.” Está muito à frente! ;)

Vieira Brito disse...

"isto é que vai uma açorda!"

Magister Dixit disse...

Cá na Tuna, gostávamos de ter escrito esta merda. Fenomenal!