quarta-feira, 24 de junho de 2009

O gago, o jornalista, o microfone e a falta de vergonha


(Ponto prévio: Não posso com este ministro)


Mariano Gago foi ao Faial. Não foi em férias. Mas foi uma espécie de passeio. Foi assistir à assinatura de um protocolo entre a Fundação para a Ciência e a Universidade de Massachusetts (EUA). Mas, como é óbvio, os jornalistas açorianos estavam interessados em ouvir o ministro sobre a gravíssima situação financeira da Universidade dos Açores (Não há dinheiro para pagar salários aos professores e funcionários até final deste ano). À saída do protocolo, um jornalista da RTP-Açores dirigiu-se, respeitosamente, ao ministro:


- Oh Sr. Ministro. Posso fazer-lhe uma pergunta a propósito do financiamento da Universidade dos Açores ?
- Não, não, não...

- O Sr. Reitor diz que não tem dinheiro...

- Não, não pode fazer pergunta nenhuma.

- Mas eee...

- Não, como é evidente. Aqui não se fala de mais nada a não ser daquilo que estamos aqui a tratar.

Respondeu assim o ministro, colocando a mão sobre o microfone!?
Com aquela cara de pau e de parvo que o caracteriza.
O ministro Gago que é do Ensino Superior mas que esteve num plano verdadeiramente inferior.
Uma vergonha. Um insulto para o reitor, para os professores, para os funcionários, para os jornalistas. Em Lisboa, na capital "civilizada" do império, algum dia o ministro teria a desfaçatez de colocar ostensivamente a mão em cima de um microfone de um jornalista ? Porque diabo se acha ele com o direito de o fazer nos Açores? O Gago merecia que o jornalista lhe tivesse respondido, educadamente:


- O Sr. ministro não quer responder, mas não se atreva a pôr a mão no microfone!

3 comentários:

João Bruto da Costa disse...

Foi possuido pela arrogância socialista dos Açores, multiplicada pela arrogância Socrática.
Vi a cena e fiquei atónito. Imagine-se que a cena se passava no contenente

ZEZE disse...

Oh senhores! O homem não respondeu porque estava com pressa e como é gago as respostas iriam levar muito tempo!

Jordão disse...

Pois é Fiat, o problema também está no jornalista. Como disseste e muito bem: “O Sr. ministro não quer responder, mas não se atreva a pôr a mão no microfone!” se fosse dito, pelo jornalista, esse e outros políticos, para a próxima, pensavam duas vezes.