quarta-feira, 16 de julho de 2008

Nunca hei-de compreender Guantânamo


Left to right: Processing suspected Al Qaeda and Taliban detainees at Camp X-Ray at Guantánamo Bay, Cuba, January 2002. (© AFP / Shane T. McCoy)

Cuba e Estados Unidos não se podem ver...e no entanto é em Cuba que os Estados Unidos têm a sua base mais famosa,Guantânamo, que em linguagem simples poderiamos dizer que se transformou nos últimos anos na grande prisão dos "terroristas e dos inimigos da América".
Não faz nenhum sentido que essa base/prisão de má fama se localize em Cuba, a não ser pela sua proximidade dos EUA.
É assim como depositar o lixo no quintal do vizinho; não cheira mal em nossa casa mas está suficientemente perto para o utilizarmos a qualquer hora.
Nuno Rogeiro que esteve em Guantânamo a preparar uma reportagem para a SIC, de que dá conta na revista Sábado, diz que tudo se deve ao tratado de 1903, depois pormenorizado na Emenda Platt, que refere que "só é revogável com o acordo das duas partes". Tem sido essa a base jurídica alegada pelos EUA para permanecer na ilha, cujo regime eles tanto repudiam!?
As primeiras imagens gravadas do interrogatório de um detido em Guantanamo foram hoje divulgadas e mostram um adolescente frágil, o canadiano Omar Khadr, a soluçar e a perder a confiança nas autoridades canadianas, agora em situação embaraçosa
O Interrogatório (TV Net)

1 comentário:

Rui Rebelo Gamboa disse...

Em tese, concordo com algo como a prisão de Guantanamo. A guerra contra o terrorismo, é algo de específico, que obriga a condições específicas. Agora, não aceito, nem tempouco, compreendo a fórmula que os EUA seguiram, isto porque a tortura não serve, não funciona e leva a que as vitimas dêem informações falsas que poderão comprometer os próprios soldados norte-americanos. Aliás, os soldados americanos são também vitímas dessa situação, por retaliação. Portanto, além de ilegal é contra-producente.