terça-feira, 18 de novembro de 2008

A era da comunicação...e da tolice também


Foto Dejalme Vargas (olhares.com)

No Bom Dia do Pedro Moura, na RTP-Açores, Rui Souto Gonçalves, director do Incentivo, da Horta, queixa-se da perda de poder político do Faial.
Tudo a propósito do facto da ilha ter ficado sem o presidente do parlamento, o que levou o jornal a titular "Terceira ganhou".
Ora, da Terceira intervem o arguto José Lourenço, director do Diário Insular.
Que não. Isso agora já não é assim. Já nao interessa nada.
Estamos na era da comunicação.
Para quê um presidente do parlamento do Faial?
Afirma José que os Açores ficaram a ganhar com este Coelho tirado da cartola.
Estamos na era da comunicação.
José não falou na internet, mas supõe-se que era nela que pensava quando falava
na era da comunicação.
A milagreira internet que acaba com as injustiças e torna todos mais próximos.
Então José, podemos perfeitamente centrar tudo de uma vez em S.Miguel, ou não?
Para quê secretarias na Terceira? Para quê o Representante da República na Terceira?
Centremos tudo em S.Miguel, que
na era da comunicação esse centrar é como se fosse um descentralizar.
É igual. Já temos todos internet. E computadores. Em banda larga. Mesmo que tenhamos ideias estreitas.
Centremos tudo em S.Miguel. Melhor, centremos tudo em Ponta Delgada, que o Nordeste ainda fica longe e ainda tem muitas curvas até lá chegar.
Tudo em P.Delgada. Melhor ainda, tudo na avenida marginal.
Entre as Portas da Cidade e as Portas do Mar.
Construamos, se preciso for, mais dois ou três exemplos arquitectónicos como o Solmar.
Centremo-nos todos ali, com os nossos computadores e com a nossa internet.
Se preciso for despovoemos algumas ilhas.
Comecemos pelo Corvo.
Para quê gastar dinheiro com tão pouca gente.
Se calhar eles até seriam mais felizes todos em S.Miguel, com tantas luzes de Natal e com centros comerciais.
Vá lá, façamos todos um esforço.
Nada de bairrismos a partir de agora.
S.Miguel é uma ilha... mas é um mundo.
Aqui podemos ser todos felizes.

7 comentários:

A ilha dentro de mim disse...

A mim, que sou faialense, o que me custa é que a política açoriana se continue a fazer na base de um bairrismo idiota. Continua a ser mais importante a ilha de origem dos políticos do que as políticas que eles protagonizam. Não sei se Francisco Coelho será melhor presidente do que Fernando Menezes, mas é, seguramente, um melhor político. E isso não tem nada a ver com o facto de ser da Terceira, do Faial ou até de São Miguel, mas sim com o homem que ele é. Pena é que isso não seja o mais importante!

Anónimo disse...

Realmente é triste o bairrísmo que ainda existe entre nós e sobretudo no que diz respeito à política regional.
Mais triste ainda é que se chegue mesmo a fazer um título de primeira página seguindo esta ideologia bairrista.
Como bom Picarroto que sou não posso de ficar indignado com as ideias retrógradas da tripolaridade que ainda existem, embora um pouco mais disfarçadas que antes, mas ainda bem vivas entre nós, e este é o tipo de assunto que mexe mesmo comigo. E porque não um presidente do parlamento do Corvo? ou da Graciosa?...
Sinceramente!!! o que interessa é que os nossos secretários, directores e presidentes sejam bons gestores e não o partido, ilha de origem....
Saudações picarotas e parabéns pelo excelente blog

Anónimo disse...

O bairrismo é de fora para dentro. Os Micalenses não são bairristas.

Anónimo disse...

Exato cara anónima.
Os micaelenses não são bairristas.
Nunca foram.
Os das outras ilhas, quando vêem uma só ilha desenvolver-se e reclamam, é que são!

Os faialenses ainda não perceberam que o centralismo nos açores, a existir, não está na Terceira.

Anónimo disse...

Não atirem areia para os olhos dos outros.
O exemplo que se pasou com o Dr. Menezes foi simplesmente uma nojeira. E não será nunca o Dr. Coelho que melhor vai dignificar a Assembleia Regional.
Já sabemos das razões: fazia sombra a Cesar.

CAVP disse...

Realmente o bairrismo é algo indescritivel...

Cá dentro somos como cães mas venha lá algum do continente ou da Madeira falar mal de uma das nossas ilhas e logo nos defendemos.

Entre nós, por cá, vamos perdendo tempo e energia com essas futilidades...

MAs que me desculpem os micaelenses que eu até vivo em São Miguel apesar de ser de uma das ilhas mais pequenas. Se não são bairristas quem o é?

É conviver convosco e ver isso repetidamente. Então agora com o desenvolvimento de POnta Delgada é ver a emoçao de uma vivência citadina que para quem viaja e conhece mundo só dá vontade de rir. E eu gosto de São Miguel e dos micaelenses pois tal como eu são açorianos acima de tudo.

Jordão disse...

O bairrismo em dose q.b é saudável, mais do que isso já se torna doentio.