sábado, 25 de outubro de 2008

EUA:Há ditadores "amigos" e ditadores "inimigos"?







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Que nem de propósito: no post anterior sobre Luís Sepúlveda fiz referência a Pinochet.
Agora veio a público um encontro, no mínimo comprometedor e nada oportuno, entre McCain e o "amigo" Pinochet.

5 comentários:

Rui Rebelo Gamboa disse...

Por outro lado, há indícios de ligações de Obama a um terrorista confesso. Um tipo que execrável que usou várias bombas para se fazer ouvir. O tipo chama-se Bill Ayers e uma pequena pesquisa mostrará o que quero dizer. Para começar pode ver aqui:

http://scaredmonkeys.com/2008/10/10/obamas-now-story-on-unrepentant-terrorist-bill-ayers-i-assumed-that-he-had-been-rehabilitated/

A história de Obama não é tão linear como os média a querem fazer passar.

Anónimo disse...

Eu não conheço nada de Bill Ayers.
Mas sei que a classificação de "terrorista" utilizada pelos EUA é por vezes muito duvidosa.
Há tempos o Paulo Casaca tambem foi acusado de ser amigo de terroristas porque tem um assessor iraniano (dos Mujahedin do Povo?)
Os Eua classificaram essa organizaçao como terrorista...mas essa organizaçao opõe-se ao regime terrorista iraniano. Quem sao afinal os terroristas?
Agora, nao acredito que Obama seja "amigo de terroristas" mesmo que o seu passado se tenha cruzado episodicamente com esse tal Ayers.
Para termos a noção das barbaridades que se dizem a a propósito de nada, basta ir a este site
http://www.realidadeoculta.com/obama.html

Daqui a pouco ainda vão descobrir que Obama é Osama...Bin Laden , o próprio.

Luísa Silva disse...

McCain com Pinochet?!!!
Estou toda arrepiada.
E assim vai este mundo, uma autêntica Babilónia...

Rui Rebelo Gamboa disse...

O Maquíavel é que dizia que os meios justificam os fins. Ora, eu não comungo dessa opinião. Por muito louváveis que sejam os objectivos de uma organização, a partir do momento em que usam bombas e afectam a vida de pessoas totalmente alheias à luta que estão a travar, são terroristas.

A comunicação social nos EUA está completamente e abertamente dividida entre apoio a um lado e ao outro e isso depois extravasa para os blogues e tudo o resto. Ou seja, como sempre lhe disse aqui, é uma questão de querer procurar em ambos os lados que encontrará "podres" em ambos os candidatos. Nem o Obama é esse herói sem capa que irá combater todo o mal e que não tem uma mácula no seu passado, nem o McCain é um monstro do realismo político dos neocons.

Quanto a estes episódios em particular: o Obama não se cruzou com esse tipo esporadicamente, eles frequentam os mesmos círculos em Chicago há muitos anos, vivem muito perto um do outro e há provas de encontros, portanto só se quisermos ser muito ingéneuos é que não acreditamos que se conhecem, que Obama sabe das suas actividades e que não se importa com elas. Talvez Obama comungue com Maquíavel. Se for o caso, irá juntar-se ao Bush, Rove e Chenney.

Quanto ao McCain e Pinochet: é certo e sabido as barbaridades que fez. Agora, pergunte a qualquer americano a seguinte pergunta: "prefiria que os nossos governos durante as décadas de 60, 70 e 80 não tivessem apoiado golpes de estado e ditadores sanguinareos, e tivessemos perdido a Guerra Fria e colocar em risco todo o nosso modo de vida?" Estou certo que a maioria diria, em consiência que prefere como está. E os outros, se dissessem que não, que não deveriam ter apoiado esses ditadores, não têm noção da História e não sabem dar valor àquilo que têm.

Os EUA e todos os seus habitantes têm uma qualidade de vida muito acima de todos os outros (basta ver os motores dos seus carros, para se poder comprovar) e conseguiram isso porque "sujaram as mãos", de outra forma, não o consegeguiriam.

Por isso digo, que para nós europeus é evidente que é melhor uma vitória do idealista-utópico (que ainda está para ver se é assim) Obama. Porque se McCain vencer, certamente que os EUA vão seguir uma realpolitik de colocar os seus interesses acima de tudo.

Só mais um ponto: ainda está mesmo por esclarecer se Obama é esse idealista, utópico. Porque, sejámos sérios, nos EUA para se subir dentro de um partido como o democrata e chegar à sua liderança é preciso quebrar alguns dos valores próprios, é preciso agradar a muita gente, é preciso promover-se entre quem tem dinheiro e deixar de lado os que não o têm. Talvez, Obama tenha feito tudo isso (e muito mais que será preciso), sempre mantendo-se "sério" só para si, ou seja esperando que quando já não fosse preciso, pudesse colocar cá fora esse tal herói sem capa. Eu não acredito, mas quem sabe?

Anónimo disse...

Caro Rui
podiamos ficar eternamente a esgrimir argumentos a favor/contra Obama ou McCain.
Para mim nenhum é perfeito (haverá alguém perfeito?), mas optando pelo menos mau, para mim enquanto cidadão do mundo, é o futuro desse mundo que me preocupa e sinceramente a última coisa que quero continuar a ver são os EUA a mandarem sozinhos no mundo.
E com McCain essa estratégia será mais ampliada do que com Obama.
É o que parece.Para mim basta isso para preferir Obama.Com todos os seus erros.