sábado, 11 de outubro de 2008

Jornal de Campanha : Dia 6

PDA (3) - O ananás foi alvo de uma campanha de marketing apoiada pelo Governo. O PDA diz que isso não serve de nada se o produto não tiver escoamento. E a SATA podia dar uma ajuda, com taxas "moderadoras" para o mercado da saudade.

MPT (3) - Quer acabar com os diabéticos nos Açores. E quem não quer? Mas Manuel Moniz tem razão quando fala na esperança de vida (que é mais baixa 3 anos nos Açores) e no número de consultas na Região, que se fica pela metade do país.

BE (4) - Quer contratualizar com o Governo da República um plano para colocação de médicos , uma espécie de plano de emergência. Diz que se faz isso seduzindo os médicos!?

CDU (4) - Aníbal Pires quer um plano integrado para desenvolver as ilhas do triângulo.
Jerónimo de Sousa insiste na necessidade de dar mais importância ao sector produtivo, neste caso as pescas.

PS (5) - César diz que vai honrar o seu mandato político mesmo que seja convidado para um cargo "dourado" fora da Região. E passou às promessas, propondo algumas medidas que pelos vistos levaram 12 anos a germinar: um provedor do doente e um call center para marcar consultas e evitar que as pessoas passem horas em filas, de madrugada. Um candidato da oposição não diria melhor.

PP (4) - Diz que o call center é uma quimera enquanto o Governo não se impuser à classe médica. Os populares continuam a insistir nas medidas que ajudaram a aprovar e a prometer aumentar "a reforma dos velhinhos". Caso raro, Portas e Artur Lima estiveram juntos em campanha.

PPM (4) - O PPM estranha que o Lar de idosos do Corvo não abra!? Mas se ninguém quer ir para lá. Aqui está uma obra que não deveria ter sido feita. No Corvo deveria ter-se optado pelo apoio domiciliário. No início o Governo de César era isso que dizia mas depois não resistiu ao eleitoralismo. E deu no que deu.
Já quanto ao Centro de Interpretação Ambiental, não é fácil encontrar uma razão para que se mantenha de portas fechadas.

PSD (5) - Costa Neves continua a criticar as passagens aéreas para vacas. Os "vacodutos" como já lhe chamou e que diz serem um gasto de novo-rico. E são! A promessa de um Plano Regional da Água é que parece vir com algum atraso. Então os Açores já não têm um Plano Regional da Água? O que é preciso é ter um plano eficaz. E pelo que se vive hoje em dia na Terceira, estamos conversados.

3 comentários:

Anónimo disse...

Enquanto Costa Neves critica a reestruturação da via rápida na Terceira, no programa da lista do PSD por S. Miguel defende-se uma terceira circular para Ponta Delgada. Naturalmente com as suas rotundas, viadutos, pontes e vacodutos.

Berta Cabral, tinha porventura outra opção, no átrio do tribunal de Ponta Delgada?

Anónimo disse...

Caro Fiat Lux

Existe, neste momento, uma lista de espera de pessoas interessadas em irem para o Lar de Idosos do Corvo (ao contrário do que disse Carlos César no comício nesta ilha).

E esta hein?

O Tal do Corvo

Anónimo disse...

Era bom que nesta campanha este tema do arrendamento rural, que a todos nos envergonha como sociedade civilizada, viesse a lume.

A lei do arrendamento rural actualmente em vigor, presta-se a tudo, como toda a gente sabe.

Os verdadeiros donos das terras - os rendeiros - fazem o que querem e entendem com aquilo que é dos outros:

- podem pagar uma renda ridícula, que é tabelada pelo estado à revelia das leis do mercado;
- podem não cuidar devidamente das terras, nem seguir as boas práticas agrícolas recomendadas, porque é quase impossivel fazer prova disso em tribunal;
- beneficiam de renovações de contrato automáticas por três anos, tendo o senhorio se for agricultor de esperar ou se não o for de desistir;
- podem exigir para entregarem os terrenos indeminizações mirabolantes, muito superiores ao somatório de todas as rendas que pagaram durante a vigencia do contrato;
- pela calada e com a cumplicidade da industria que compra o leite, alguns fazem sub-arrendamentos clandestinos, pagando ao senhorio uma coisa e recebendo do sub-rendeiro dez vezes mais;
- podem sub-arrendar os terrenos, mantendo animais em seu nome, e, com a cumplicidade da industria que compra o leite e do sub-rendeiro, simulam continuar a fornecer a sua produção e recebendo as ajudas disponíveis;
- ao sub-arrendarem, fogem descaradamente ao fisco, porque recebem o valor dos litros de leite que o sub-rendeiro - o pverdadeiro produtor -entregou à industria.
- tem preferencia de compra no caso de venda das terras, chantageando frequentemente o senhorio até à exaustão.
- em caso de morte, a viuva ou viuvo, se assim o entender "herda" o contrato que, mediante prova de necessidade para subsistencia, pode passar para filhos até.

Esta pérola legislativa, leva os senhorios a tomarem duas atitudes: ou aceitam e calam ou defendem-se.
No primeiro caso recebem o que o estado acha justo os rendeiros pagarem, ou seja, menos de 1% do investido, que, com as actualizações mariciais em curso, quase não dá para o imposto autárquico pagar;
- No caso do senhorio se tentar defender, arrenda de facto as terras mas simula continuar a ser lavrador, mantendo animais no seu nome e colocando com a cumplicidade do rendeiro e da industria, leite que diz da sua produção nas fábricas. À conta disto, tem direito a toda a panóplia de ajudas e subsidios disponível, socegadinho em casa.

Gostaria de conhecer a opinião dos senhores deputados que vamos eleger, ou do seu partido a propósito desta lei, que permite este "faz de conta", esta economia paralela desenfreada, esta vergonha da nossa autonomia.

O que é que pretendem fazer.
Deixar estar como está?
Alterar?
A alterar, não venham com generaliudades. Diga-se concretamente o quê?

Estevão Costa